A incrível história no qual uma mulher comum se tornou mestres do crochê e transformou sua geração de negócio milionário. Quem nunca imaginou que um novelo de lã, uma agulha e muita coragem seriam suficientes para revolucionar sua própria vida? Foi o que aconteceu com Carla Menezes, uma brasileira comum que, além de driblar a depressão, transformou o amigurumi, técnica oriental no qual se é possível fazer um pequeno boneco, se tornar uma porta de entrada no empreendedorismo digital e no sucesso. Além disso, muitas coisas são aprendidas com as jóias de crochê, e essa história inspiradora mostra muitas lições significantes para quem quer começar seu próprio negócio no setor.
Quando tudo parece estar perdido, a criatividade pode ser um caminho
A carreira de Carla não teve início a partir de uma rebuscada estrutura de plano de negócios ou investimento inicial. Em 2018, a mulher vivia um dos períodos mais obscuros de sua trajetória: desempregada, com um filho pequeno e em total quadro depressivo. “Eu estava perdida. Sem renda, sem saída à vista. Precisava procurar por algo que trouxesse de volta o meu ânimo”, conta. No Youtube, a mulher teve contato com os amigurumis: bonequinhos de crochê feitos à mão. A simplicidade, a beleza, a delicadeza e a personalização dos produtos transformou a vida de Carla: ela começou a perceber a luz no final do túnel.
Do hobby à renda extra: os primeiros passos com amigurumi
Sem nenhuma experiência anterior, Carla começou a fazer bonequinhos para o filho autista. “Foi terapêutico. Cada ponto que eu fazia era como um respiro. Era só meu”, diz. Após dar alguns de presente e receber elogios, veio a ideia: e se eu tentasse vender. O primeiro amigurumi vendido foi uma raposinha feita com fio de algodão e enchimento antialérgico. Gastou R$ 22 e anunciou no Facebook por R$ 20. Vendeu no mesmo dia. “Foi ali que eu percebi que aquilo podia ser uma renda. Estava numa comunidade em Goiás, sem todos os recursos, mas com internet.”.
Crescimento orgânico: a força das redes sociais
Com o tempo, Carla foi aperfeiçoando as técnicas, aprendendo em tutoriais, trocando dicas com outras crocheteiras e, principalmente, apostando em conteúdo nas redes sociais. Criou um Instagram só para seus bonequinhos, postava fotos bem produzidas, bastidores e até pequenos vídeos em câmera vertical explicando como fazia as peças. O conteúdo autêntico a um público específico atraiu seguidores de forma orgânica. Passou de 100 seguidores para 10 mil em poucos meses. Com isso, ela viu que, mais do que vender peças prontas, tinha um mercado enorme adeptos de ensinar.
A virada: ensinar virou o negócio principal
“Uma seguidora me mandou mensagem dizendo que adoraria aprender comigo. Aquilo me mexeu. Eu nunca tinha pensado em ensinar”, conta Carla. Foi assim que Carla decidiu criar seu primeiro curso online. Com ajuda de vídeos gravados no celular e um site simples feito por uma amiga, ela criou o curso Amigurumi do Zero ao Lucro para iniciantes. O resultado foi inacreditável: mais de 50 alunas inscritas na primeira semana e um faturamento de R$ 10 mil. O que era um passatempo virou uma empresa real. Atualmente, os cursos de Carla são a sua principal fonte de receita. Sua empresa oferece cursos completos de crochê para iniciantes e intermediários, apostilas digitais com receitas exclusivas, uma comunidade online para alunos e suporte no Telegram.
Números que impressionam: um negócio de sucesso e com propósito
Atualmente, Carla Menezes tem mais de 9 mil alunas em todo o Brasil, além de clientes em Portugal, Canadá e Japão. Em 2024, o negócio ultrapassou a marca de R$ 500 mil de faturamento, com expectativa de dobrar esse número até o final de 2025.
O sucesso financeiro, no entanto, é apenas parte da história. Carla continua vendendo amigurumis em menor escala, mas o foco está na formação de novas empreendedoras.
“Ensinar outras mulheres a ganharem dinheiro com o crochê é o que mais me motiva. Eu saí do fundo do poço com isso, e sei que outras também podem.”
Estratégias que levaram Carla ao sucesso
Para quem deseja seguir os passos de Carla, listamos abaixo as principais estratégias adotadas por ela:
1. Apostar no conteúdo gratuito
Antes de vender, Carla conquistou seguidores oferecendo conteúdo gratuito de valor: tutoriais, dicas, bastidores e curiosidades sobre o crochê. Isso gerou autoridade, confiança e desejo de compra.
2. Investir em presença digital
Além do Instagram, Carla criou um canal no YouTube e um blog onde publica artigos com técnicas, entrevistas com alunas e dicas de marketing para artesãs. Isso ajudou no SEO e aumento de tráfego orgânico.
3. Ter um nicho claro
Carla não tentou abraçar todo o artesanato. Ela se especializou em amigurumis com estilo infantil e terapêutico, o que facilitou o posicionamento da marca e a comunicação com o público.
4. Desenvolver produtos escaláveis
Os cursos online permitiram que o negócio crescesse sem depender exclusivamente da produção manual. Isso garantiu escalabilidade e lucratividade.
5. Reinvestir com inteligência
Parte do lucro foi reinvestida em ferramentas de automação, equipe de suporte, marketing pago e tradução dos cursos para outros idiomas.
Como começar seu próprio negócio de crochê lucrativo
Se você também quer transformar sua paixão pelo crochê em um negócio rentável, confira esse passo a passo:
- Aperfeiçoe sua técnica – Domine os pontos básicos, escolha um estilo e treine bastante.
- Monte um portfólio digital – Crie um Instagram com boas fotos das peças e use hashtags estratégicas.
- Venda pela internet – Use o Instagram, WhatsApp, Elo7, Shopee e grupos do Facebook para vender.
- Crie conteúdo – Tutoriais simples, bastidores e curiosidades atraem seguidores e fortalecem sua marca.
- Considere ensinar – Se você já domina, criar um curso pode ser muito mais lucrativo do que vender peças avulsas.
- Formalize seu negócio – Abra MEI, emita notas fiscais e organize suas finanças desde o início.
Empreendedorismo feminino: mais do que renda, uma transformação de vida
A história de Carla é um exemplo do empreendedorismo feminino no Brasil. Num país onde tantas mulheres sofrem problemas financeiros, emocionais e estruturais, a iniciativa demonstra que é possível recomeçar com dignidade e conseguir autonomia econômica na vida. Com milhares de reais em faturamento, Carla é uma fonte de impacto social: ela já ajudou dezenas de alunas a sair do desemprego, abrir seus próprios negócios e contribuir financeiramente para as finanças do lar com o crochê.
O crochê como ferramenta de transformação
O crochê, que por muito tempo foi visto apenas como passatempo de vovó, hoje é uma poderosa ferramenta de empoderamento, renda e superação. A história de Carla Menezes nos ensina que com talento, estratégia e coragem, é possível transformar uma dor em propósito e um passatempo em império.
Se você tem vontade de começar, comece. O primeiro ponto pode parecer pequeno, mas pode ser o fio que vai te levar a uma nova vida.